O ato iniciado no dia 11 de julho, ao meio dia, reuniu cerca de 1.000 camponeses e camponesas de todo o estado do Espírito Santo as margens do Rio Doce em uma celebração ecumênica, lembrando o crime cometido pela Samarco e pela BHP Billiton, que despejou uma grande onda de resíduos de minério com o rompimento de uma barragem em Mariana - MG e exigindo ações concretas do poder público na punição dos responsáveis e recuperação imediata do rio em um pedido de SOS feito com os manifestantes.
Do IHU, 13 de Julho, 2016
Por Movimento dos Pequenos Agricultores - ES, 11-07-2016.
Após a celebração, a manifestação seguiu pacífica pelas ruas de Colatina até a Companhia de Abastecimento (CONAB), local em que foi montado acampamento permanente até que sejam atendidas reivindicações dos camponeses que são; Anistia das dívidas contraídas pelo crédito agrícola do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), devido a forte seca que vem atingindo o estado nos últimos dois anos e comprometeu as safras, inclusive as do ano de 2017, levando as famílias camponesas ao endividamento; Crédito Emergencial Subsidiado, para que dê garantia digna de vida as famílias no campo, pelo período que durar a seca e a implementação de um programa de recomposição florestal para devolver dinâmica ao solo e assim funcionar como uma ferramenta de equilíbrio natural do clima.
Com a chegada dos camponeses aos armazéns da CONAB, foi observado pelos presentes que praticamente toda a estrutura estava vazia, logo não cumprindo com as obrigações de regularização dos estoques de alimentos no país e de acordo com uma pessoa que não quis se identificar, "o vazio na CONAB é uma forma de ampliar o processo de sucateamento da companhia e assim privatizá-la com a desculpa de que não funciona" a pessoa ainda conclui afirmando que "já houveram cortes com pessoal que trabalha no local".
No período da noite um grupo contendo todas as representatividades, foi a uma sessão na Câmara de Vereadores de Colatina a convite do vereador Laudeir Cassaro (PT) e que embora sem o cumprimento das regras de inscrição na plenária popular, esta foi aceita por unanimidade e Maria Emilia (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Colatina) em seu discurso comentou que a pauta dos trabalhadores e trabalhadoras é justa e defende não somente o campo, como também a cidade, pois todos os municípios da região tem sua base alicerçada na agricultura familiar.
Imagens enviadas por Movimento dos Pequenos Agricultores - ES.
Grupo de Pesquisa Sul-Sur
Este grupo se insere numa das linhas de pesquisa do LABMUNDO-BA/NPGA/EA/UFBA, Laboratório de Análise Política Mundial, Bahia, do Núcleo de Pós-graduação da Escola de Administração da UFBA. O grupo é formado por pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento e de diferentes instituições públicas de ensino e pesquisa.
Buscamos nos apropriar do conhecimento das inter-relações das dinâmicas socioespaciais (políticas, econômicas, culturais) dos países da América do Sul, especialmente do Brasil, da Bolívia, da Argentina e do Chile, privilegiando a análise histórica, que nos permite captar as especificidades do chamado “subdesenvolvimento”, expressas, claramente, na organização das economias dos diversos povos, nos grupos sociais, no espaço.
Nosso campo de investigação dialoga com os campos da Geopolítica, Geografia Crítica, da Economia Política e da Ecologia Política. Pretendemos compreender as novas cartografias que vêm se desenhando na América do Sul nos dois circuitos da economia postulados por Milton Santos, o circuito inferior e o circuito superior. Construiremos, desse modo, algumas cartografias de ação, inspirados na proposta da socióloga Ana Clara Torres Ribeiro, especialmente dos diversos movimentos sociopolíticos dessa região, das últimas décadas do século XX à contemporaneidade.
Interessa-nos, sobretudo, a compreensão e a visibilidade das diferentes reações e movimentos dos países do Sul à dinâmica hegemônica global, os espaços de cooperação e integração criados, as potencialidades de criação de novos espaços e os seus significados para o fortalecimento da integração e da cooperação entre os países do Sul, do ponto de vista de outros paradigmas de civilização, a partir de uma epistemologia do sul. Através das cartografias de ação, buscamos perceber as antigas e novas formas de organização social e política, bem como os espaços de cooperação SUL-SUL aí gestados. Consideramos a integração e a cooperação Sul-Sul como espaços potenciais da construção de novos caminhos de civilização que superem a violência do desenvolvimento da forma em que ele é postulado e praticado.
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